domingo, 26 de abril de 2009

Depois de Revelada Nada Mais Muda reestréia em Belém




A segunda temporada do espetáculo “Depois de Revelada Nada Mais Muda” estreou na última sexta-feira (24 de abril) –tendo prosseguimento no sábado e domingo– no Teatro Cuíra e encantou o belenense com a sua interface das linguagens da dança, fotografia, música e teatro. O público ainda poderá assistir a performance nos dias 1, 2 e 3 de maio, às 20h, no mesmo local.

A encenação experimental busca compreender o processo de revelação da fotografia analógica em preto-e-branco no espaço cênico de uma caixa escura, onde corpos se movem e revelam imagens de sentimentos.

A luz é aprisionada e os minúsculos cristais de prata definem a forma final: o processo fotográfico é transposto poeticamente em imagens manifestadas através da dança - como se o frame pudesse, de fato, falar e se movimentar.

De acordo com o pesquisador e artista Danilo Bracchi, diretor do espetáculo, na fotografia podemos encontrar sentimentos e experiências de vida, elementos determinantes para a construção das imagens. “Estes são fatores decisivos para a fotografia. Nada pode ser feito depois que a máquina captura a imagem, só por meio da manipulação que cria o irreal”.

Sobem ao palco, ao lado de Bracchi, as atrizes France Moura e Marluce Oliveira e o músico Leonardo Venturieri. Sensibilizados como um papel fotográfico, estes intérpretes compõem percepções e emoções sob a luz e a imagem.

“Depois de Revelada Nada Mais Muda” convida o público para um encontro único de linguagens. O convite é dirigido especialmente a estudantes e profissionais das áreas de Artes, Comunicação e Letras, campos do conhecimento diretamente contemplados pela pesquisa. O público também é convidado a intervir fotograficamente na montagem, estando livre para fotografar com flash. Quem levar câmera fotográfica ainda paga meia-entrada.

“Depois de Revelada Nada Mais Muda” é o resultado da 7° Edição da Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística do Instituto de Artes do Pará. Foi a primeira performance apresentada pela Companhia de Investigação Cênica, que tem os apoios fundamentais de Corpo Pilates e Espaço Cuíra, do qual é a atual companhia residente.

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